quarta-feira, janeiro 09, 2008

How it all began


Bem, depois de muito reflectir, não como um espelho mas numa tentativa de introspecção profunda para explicar o início de tudo (tarefa que durou seguramente menos de 15 segundos) decidi começar por onde sempre se começa... pelo início.


Bem, tudo começou à cerca de 13,7 mil milhões de anos, mais coisa menos coisa, com aquilo a que chamaram "Big Bang". Este grande maluco fez com que o Universo se expandisse, daquilo que seria uma massa densa, para que começasse a formação dos planetas e estrelas tais como os conhecemos hoje. Pouco tempo depois, cerca de 9,3 mil milhões de anos depois, terá sido formada a Terra (o planeta, claro está).


Saltando agora mais uns diazitos por ser uma parte que não tem grande interesse (formação da biosfera e início de vida no planeta) vemos outro marco histórico que foi o aparecimento dos Dinossauros à cerca de 230 milhões de anos. Digo isto por ser um período extremamente interessante com umas lagartixas em ponto grande a passear por aí e a fazer estragos consideráveis. Mas devo concluir que não eram seres muito inteligentes pois não conseguiram evitar a extinção, coisa que até o Bruce Willis conseguiu sem grande esforço, apenas com a ajuda de meia dúzia de actores extremamente bem pagos e uma grande quantidade de efeitos especiais.


Depois disso, à coisa de 4 milhões de anos atrás, apareceram os nossos antepassados que, supostamente terão evoluído (e digo supostamente porque lembro-me claramente de ver uns quantos Australopithecus no Colombo algures na semana passada). Para quem não se lembra estes senhores viviam em cavernas e usavam utensílios rudimentares para caçar e fazer uma vidinha normal. Para quem não sabe, supostamente deveriam ter evoluído para algo mais próximo do "Homo sapiens sapiens" mas acho que se esqueceram uma vez que entre caçadas e a decoração das cavernas com os saldos da Moviflor, acaba por não sobrar muito tempo para essa coisa da evolução.


Outro marco importante, principalmente para o mundo cristão, foi o nascimento do Jesus da Galileia que era filho de José e Maria e nasceu em Belém, num estábulo bem composto numa espécie de T1+1 muito bem situado com aquecimento central e parqueamento para três camelos. Jesus viveu com os seus pais chegando a ajudar o pai a providenciar sustento para a família na sua carpintaria. Nas horas vagas tinha como hobbies fazer uns quantos milagres, espalhar a palavra do senhor e converter os infiéis. Para não falar nos jantares que fazia com a malta, onde juntava os apóstolos numa tasquinha do Bairro Alto lá do sítio e preparava as actividades para a semana seguinte.


Agora vem a parte interessante da História.


Cerca de aproximadamente 1978 anos depois nasci eu, filho de José e de Maria, numa sala de um Hospital Central de Lisboa seguramente mais pequena que o estábulo referido anteriormente e sem lugares de estacionamento para os visitantes. Não nasci em Belém mas isso também não é importante uma vez que fica já ali ao pé do rio, nada que 15 minutos de carro não resolvam. E não tive o prazer da visita dos três reis Magos nem o direito a receber aquelas coisas que eles traziam que, pode-se dizer, tinham uma utilidade duvidosa para um recém-nascido (se bem que o incenso até dá uma atmosfera especial e a cotação do ouro está agora a atingir máximos históricos). Mas passando à frente...


Analisando bem a questão, com tantas semelhanças, até podia ser um sinal divino e eu estar predestinado a grandes feitos. Está certo que não tenho a digna profissão de carpinteiro, normalmente (e faço questão de enfatizar e sublinhar veementemente a parte do normalmente) não faço milagres, não converto infiéis e não tenho 12 apóstolos, mas tirando isso poder-se-ia dizer que somos praticamente iguais. Isso e o facto de ele ser um tipo cheio de estilo ao contrário de mim (vejam que na altura usar barba e cabelo comprido, combinado com umas túnicas de linho cru estava dentro das tendências da moda dos principais criadores. Hoje, pelo contrário, dá-nos um look taliban que não é bem aceite em algumas comunidades devido, principalmente, a alguns factos históricos que não iremos aqui abordar).


Portanto, com base no descrito anteriormente, e tendo como base algumas resoluções de Ano Novo acabadas de cozinhar, gostaria apenas de informar os telespectadores que ainda não será este mês que irei começar a salvar o mundo. Sabem como é, Natal, passagem de Ano, compras por altura dos saldos e muitas outras tarefas que necessitaram e continuam a necessitar da minha total atenção, já para não falar nas não menos importantes tarefas laborais. No entanto estão abertas vagas para o cargo de apóstolo. Para tal, responder a este blog enviando o Curriculum Vitae com descrição de experiências apostólicas anteriores.

Saudações Divinas


PS.: Para os leitores que esperavam encontrar um tipo de leitura com algum conteúdo as minhas sinceras desculpas. Prometo que não se repetirá.

2 comentários:

ruth ministro disse...

hehehe :)

Começaste o ano com humor, isso é muito bom!

Feliz 2008

Mil beijos

Lenin aka JR disse...

Utzi - Obrigado. A predisposição não tem sido essa mas resolvi fazer um "intervalo". :)

Um Feliz 2008 também para ti. E apesar de não ter comentado o teu cantinho nos últimos tempos não quer dizer que não esteja atento... é apenas falta de inspiração para o fazer. Desculpa...

Mil e um beijos (porque não gosto de me ficar atrás)

;)
JR