sexta-feira, maio 11, 2007

Ignorance is a bliss

São palavras do meu colega de Inglaterra.
E cada vez mais me convenço que a ignorância é uma dádiva.
 
 

5 comentários:

ruth ministro disse...

Não concordo, mas compreendo o que sentes. Para mim (e não poderia ser de outra forma, dado ser psicóloga) a chave está na compreensão e jamais na ignorância. A ignorância não nos impede de sofrer, apenas nos impede de compreender porque sofremos...

Um beijo

Lenin aka JR disse...

Obrigado Utzi pelas tuas palavras. Finalmente tenho alguma reacção aos meus "artigos". Por vezes chego a pensar que escrevo para ninguém... como se esse ninguém fosse alguém, que me ouve e compreende... em silêncio ;)

Em relação ao teu comentário, não poderia estar mais de acordo. É por isso que sou a favor do diálogo, da discussão, da simples troca de ideias. No fundo, sou a favor da comunicação. Sem ela não se chega a lado nenhum e acabamos por tirar
conclusões, muitas vezes erradas, que nos fazem sofrer sem necessidade. Por outro lado, por vezes acho que o melhor era
não dizer nada, para não errar, para não afastar aqueles de quem gostamos por motivos estúpidos.
...

Mas esta frase, no dia que foi publicada, tinha outro sentido. Tudo depende da interpretação e do contexto.
Neste caso, fugindo um pouco à tendência subjacente aos restantes artigos/blogs publicados, a questão da ignorância prendia-se com o facto de certas pessoas estarem limitadas ao seu mundo e não terem a curiosidade/necessidade de descobrir algo mais.
Vivem felizes, na ignorância.
Isto em termos pessoais já por si é limitador.
Mas ainda o é mais se falarmos em termos profissionais.
Pode significar a diferença entre fazer determinada tarefa em 5 dias ou 5 minutos (e eu conheço casos assim). Mas há quem prefira continuar a "perder" 5 dias para desempenhar determinada tarefa em vez de se (in)formar e passar a fazer tudo em 5 minutos (aumenta a produtividade e a satisfação das pessoas envolvidas e reduz sentimentos de impotência e stress).

Digo isto porque é algo que vejo todos os dias na minha profissão (sou Auditor).
Digo isto porque, apesar dos meus esforços em tentar ensinar, nem sempre as pessoas (principalmente as mais velhas na idade e na profissão) aceitam a minha ajuda por pensarem que os estou a rebaixar, na sua função.
É algo que sempre foi feito assim e não é um "puto" que lhes vai ensinar a fazer o trabalho deles.

Como vês também eu tenho que usar alguma psicologia e diplomacia no desempenho das minhas funções. :)

Uma vez mais, o meu muito obrigado pela visita.

Espero que voltes mais vezes... para ler e comentar.

Beijos. João

Luisa Oliveira disse...

Não escreves para ninguém. Pelo menos a partir de agora. Gostei, vou voltar. E comentar.

Concordo com (quase) tudo o que foi dito. E sublinho que tudo depende do contexto. Quantas vezes preferiamos não saber, mesmo que desejando apenas no íntimo, determinadas coisas? Era tão mais fácil imaginar que não aconteceram!

Obrigado pela visita e pelo fabuloso comentário. Espero que continues a gostar.

Abraço

ruth ministro disse...

Dentro do contexto que clarificaste, a frase faz todo o sentido. Eu estava a ver a coisa de uma perspectiva mais filosófica :) De toda a forma, concordo com tudo o que disseste.

Quanto ao que escreves, se ainda não havia quem lesse, podes contar comigo. Gostei muito do espaço e vou voltar. Beijos

Lenin aka JR disse...

Luisa - O prazer foi todo meu. Vou voltar com certeza.
Quanto ao teu comentário, não imaginas as vezes que me apetecia apagar da memória tudo aquilo que nunca lá deveria ter sido gravado. Mas como é impossível, vou apenas tentando fingir que não aconteceram.

Utzi - Uma coisa que sempre gostei de fazer foi escrever (ou falar) de modo a deixar espaço para interpretação.
Não entrar em questões concretas mas deixar uma certa ambiguidade que permita, a quem lê, imaginar, completar ou mesmo discutir outros pontos de vista.
É um exercício para mim e para os outros.

Acho que hoje já não se ensina a sonhar.

Beijos